O BANDEIRINHA MAZAROPE
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Na década de 50 havia na cidade um torcedor fanático pelo
Galo. Alto e loiro até no bigode. Mazarope. Pertencia ao quadro de Juízes da
Liga local. Na época era Juiz mesmo. Nos amistosos do Tricolor no campo da Luiz
Rosa, a Federação Paulista para reduzir custos enviava somente o Juiz e um
Bandeirinha. O 2º ficava sob-responsabilidade da L.J.F.. O então Presidente da
Liga não tinha dúvida. O escolhido era Mazarope. Num belo domingo, amistoso
entre PAULISTA x MOGIANA de Campinas, duas equipes dos ferroviários. Estádio
lotado e um dos bandeirinhas, ele, MAZAROPE. Jogo com tradição e rivalidade.
Até aos 30 minutos do 2º tempo, placar (0 x 0). Num contra ataque bem armado o
MOGIANA fazia um golaço. O Juiz não teve dúvidas. Gol legal. MAZAROPE também
não teve. GOL ILEGAL. O camisa 9 estava impedido e a bandeira levantada. O Juiz
pegou a bola e colocou no centro. Inconformado com o desrespeito MAZAROPE
enrolou a bandeira, foi até o meio campo e deixou no grande circulo, perto do juiz
e disse. – “O Sr. não obedeceu a minha autoridade”. Claro que saiu de campo
aplaudido pela torcida. Faltando ainda 5 minutos o jogo continuou com somente
um bandeira. Aos exatos 42’ num lance duvidoso, tabela rápida entre Marinho e
Vadico o Galo empataria o jogo. Golaço de Vadico na entrada da área. Apesar de
algumas reclamações da zaga adversária o Juizão foi na certeza. Gol legal. Em
seguida apitaria o final de jogo. PAULISTA 1 x 1 MOGIANA. A felicidade de
MAZAROPE, que ainda recebia os abraços dos torcedores era imensa. Afinal o
Tricolor do seu coração continuava invicto.
Colaboração: Antonio B.Leite Jr.
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